Um
jovem,
desses
que conhecemos em bares,
convidou-me
para um sarau de poesias.
Ao que
de pronto recusei:
“Não
gosto dessas coisas;
Qualquer
reunião intelectual que não misture bebida e cigarros,
não
deve contar com a minha presença!”
“Vai
rolar vinho”.
“Vinho?
Isso é um sarau ou uma missa?
Você
não está no Chile, meu jovem...
Vocês
precisam, sim
beber
Cachaça!
Eu não
consigo ficar bêbado com vinhos desde os doze!”.
Me
incomoda a quadrada forma como as poesias são recitadas...
Sempre
igual!
Uma
interpretação rasa,
Quase
no ritmo duma resa dominical!
Enfim,
uma reza rasa,
sem
cura, sem milagre.
“Por isso
esses merdas bebem vinho
Já
estão a um passo de beber vinagre”.
Ives Monteiro.
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