quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hoje vamos de música!!!

Hoje resolvi não postar um poema ou pseudo conto para vocês, leitores assíduos do meu blog (se é que existe algum).... Pesquisei o texto que virá a seguir a respeito da brilhante banda Os Mutantes do site http://www.dana.com.br/ o qual, além de contar uma breve estória da carreira da banda, ainda vem com uma dica... Uma bela dica, diga-se de passagem, de um livro a respeito da trajetória de uma das bandas mais marcantes do rock brasileiro! Deleitem-se com a boa leitura...

A DIVINA COMÉDIA DOS MUTANTES

A banda que mudou a história do tropicalismo


Que os mutantes são uma banda muito importante na música brasileira, todo mundo sabe. Que na década de 60 foi meio maluca, também. O que a maioria das pessoas imagina sobre Rita Lee, Sérgio Dias e Arnaldo Baptista é o que está contido nas 358 páginas de “A Divina Comédia do Mutantes”, de Carlos Calado, que está na sua segunda edição.
O livro conta toda a história do trio, desde quando ainda não passavam de três fãs apaixonados pelas melodias de Lennon e McCartney. Nunca o Brasil tinha visto uma banda que ia muito além da música: eles eram imagem, cor, diversão. E mais, eram músicos de primeira pela qualidade de originalidade. Pode haver coisa melhor?
Carlos Calado preferiu usar a narrativa as avessas, começando pela tentativa de suicídio de Arnaldo em 1982, que deixou sequelas no Mutantes até hoje. Logo após, o livro revê toda a história do grupo, seu auge e decadência (a fase em que decidiram enveredar pelo rock progressivo), e um breve relato do que eles andam fazendo por hoje – dando destaque para a carreira solo de Rita Lee.
Vamos então, ao começo: Sérgio e Arnaldo tinham sido criados por pais extremamente liberais e ligados a música, de modo que os dois tiveram formação clássica. Apesar disso, a primeira banda que formaram com os amigos era de iê-iê-iê, os Wooden Faces. A beatlemania foi decisiva na vida dos Mutantes, já que foi a fixação pelo Fab Four que levou Rita a um show do Wooden Faces.
A amizade dos três logo virou musical, e surgia O Konjunto, que meses depois tornar-se-ia Os Mutantes (nome sugerido por Ronnie Von e prontamente aceito, já que Arnaldo e Rita eram malucos por ficção científica). Em 1966, Os Mutantes faziam sua primeira apresentação, exatamente na estreia do programa “O Pequeno Mundo de Ronnie Von”, da TV Record. Começava a revolução, porque aqueles garotos chamaram a atenção de outros programas e gravadoras.
E de Gilberto Gil, que os convidou pra gravar “Domingo no Parque”, e apresentar-se no festival da Record Rita ele de cara. Os meninos ficaram mais defensivos, já que o negócio eram rock and roll cantado me inglês. Mas eles gravaram a canção e começaram a chover convites para gravarem seu primeiro álbum. Em 1968, os Mutantes entraram em estúdio. Depois disso, o sucesso não tardou. Participações em filmes, comerciais, festivais, programas de tevê. A noiva grávida, a guitarra elétrica, o theremin, desfiles de moda mostrando seu figurino sempre extravagante. Vaias e resistência não faltaram. Arnaldo achava graça e dizia: “ninguém entende a gente e isso é ótimo”.
Os Mutantes deixaram um legado de cinco discos que até hoje soam atuais, e a maior prova disso é a paixão de muitos gringos, com Kurt Cobain e Sean Lennon, pelo trabalho do grupo. Quer incentivo maior do que esse para embarcar na história da banda mais psicodélica do Brasil?

Agora um estonteante, aterrador e magnífico vídeo da melhor banda de rock brasileiro de todos os tempos...


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