Hoje
resolvi não postar um poema ou pseudo conto para vocês,
leitores assíduos do meu blog (se é que existe algum).... Pesquisei o
texto que virá a seguir a respeito da brilhante banda Os Mutantes do site http://www.dana.com.br/ o qual, além de contar uma breve estória da carreira da banda,
ainda vem com uma dica... Uma bela dica, diga-se de passagem, de um livro a
respeito da trajetória de uma das bandas mais marcantes do rock brasileiro!
Deleitem-se com a boa leitura...
A DIVINA
COMÉDIA DOS MUTANTES
A banda que
mudou a história do tropicalismo
Que os
mutantes são uma banda muito importante na música brasileira, todo mundo sabe.
Que na década de 60 foi meio maluca, também. O que a maioria das pessoas
imagina sobre Rita Lee, Sérgio Dias e Arnaldo Baptista é o que está contido nas
358 páginas de “A Divina Comédia do Mutantes”, de Carlos Calado, que está na
sua segunda edição.
O livro conta
toda a história do trio, desde quando ainda não passavam de três fãs apaixonados
pelas melodias de Lennon e McCartney. Nunca o Brasil tinha visto uma banda que
ia muito além da música: eles eram imagem, cor, diversão. E mais, eram músicos de
primeira pela qualidade de originalidade. Pode haver coisa melhor?
Carlos Calado
preferiu usar a narrativa as avessas, começando pela tentativa de suicídio de
Arnaldo em 1982, que deixou sequelas no Mutantes até hoje. Logo após, o livro
revê toda a história do grupo, seu auge e decadência (a fase em que decidiram enveredar
pelo rock progressivo), e um breve relato do que eles andam fazendo por hoje –
dando destaque para a carreira solo de Rita Lee.
Vamos então,
ao começo: Sérgio e Arnaldo tinham sido criados por pais extremamente liberais
e ligados a música, de modo que os dois tiveram formação clássica. Apesar
disso, a primeira banda que formaram com os amigos era de iê-iê-iê, os Wooden Faces.
A beatlemania foi decisiva na vida dos Mutantes, já que foi a fixação pelo Fab
Four que levou Rita a um show do Wooden Faces.
A amizade dos três
logo virou musical, e surgia O Konjunto, que meses depois tornar-se-ia Os Mutantes
(nome sugerido por Ronnie Von e prontamente aceito, já que Arnaldo e Rita eram
malucos por ficção científica). Em 1966, Os Mutantes faziam sua primeira apresentação,
exatamente na estreia do programa “O Pequeno Mundo de Ronnie Von”, da TV
Record. Começava a revolução, porque aqueles garotos chamaram a atenção de
outros programas e gravadoras.
E de Gilberto
Gil, que os convidou pra gravar “Domingo no Parque”, e apresentar-se no
festival da Record Rita ele de cara. Os meninos ficaram mais defensivos, já que
o negócio eram rock and roll cantado me inglês. Mas eles gravaram a canção e
começaram a chover convites para gravarem seu primeiro álbum. Em 1968, os
Mutantes entraram em estúdio. Depois disso, o sucesso não tardou. Participações
em filmes, comerciais, festivais, programas de tevê. A noiva grávida, a
guitarra elétrica, o theremin, desfiles de moda mostrando seu figurino sempre extravagante.
Vaias e resistência não faltaram. Arnaldo achava graça e dizia: “ninguém
entende a gente e isso é ótimo”.
Os Mutantes
deixaram um legado de cinco discos que até hoje soam atuais, e a maior prova
disso é a paixão de muitos gringos, com Kurt Cobain e Sean Lennon, pelo
trabalho do grupo. Quer incentivo maior do que esse para embarcar na história
da banda mais psicodélica do Brasil?Agora um estonteante, aterrador e magnífico vídeo da melhor banda de rock brasileiro de todos os tempos...
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