[...]Na aldeia de ferro que semeia pedra, somos sós, somos todos inelutavelmente sós, [pós-(?)] moderno é terrivelmente só (ou você nunca sentiu a "apunhalada" de que fala Baudelaire? Ou nunca esteve fora da roda como "a dama da noite"?) O romance, como gênero literário da modernidade, é uma prova disso, basta lembrarmos das palavras de Walter Benjamim: "A origem do romance é um indivíduo isolado que não pode mais falar exemplarmente sobre suas preocupações mais importantes e que não recebe conselhos e nem sabe dá-los."
a escrita é uma experiência solitária, devemos, portanto, guardar o que escrevemos num baú ou queimar tudo?
Acreditamos que não, acreditamos que necessitamos da expressão e comunicação Libertária, sem nos preocuparmos com o juízo de valor, sem nos preocuparmos com se ferimos morais ou convicções quaisquer que sejam, sem nos preocuparmos com a crítica, até por que, para haver critica, é preciso que alguém ouça o nosso grito. Melhor gritar e ser ouvido, ainda que desagradando, incomodando, do que permanecer eunucamente mudo e servil.
Nós não temos grandes pretensões, só queremos cantar, pouco importa se saímos do tom (o essencial é querer cantar), pois é exatamente como diz Oscar Wilde: "Todos estamos na sarjeta, mas alguns de nós preferem olhar as estrelas."
Assim, te convidamos (tu que estás te dispondo a ler isto neste momento) a fazer o mesmo. Somos todos cantores, basta ter pulmões e querer cantar.
Canta, Berra, Escarra, Vomita, Esporra, Regurgita tuas neuroses...
Francisco Ewerton dos Santos
Reinaldo Guaxe.
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