Eu, apesar de você pouco me conhecer, e eu a você, em algum momento, talvez para o senso comum, seja digno um encontro casual! É verdade! Foi sorte de ter lhe visto naquela sala, e podido trocar algumas palavras contigo, e gostei da maneira de você ver as coisas: o existencialismo. Espero que ainda seja fã de Sartre!
No mais, existem traços nas pessoas que ficam. E em você os seus óculos ficaram, aquela armadura preta cobrindo o seu rosto delgado branquiçado. Descupe falar assim, mas não me leve a mal. Eu não posso descrever o que penso em mensagens como esta. E o que penso voltam quando leio as tuas postagens no teu blog que, perdoe a curiosidade, eu não contive. Se vem pensamentos, voltam lembranças do dia naquele ônibus em que você me reconheceu. Como, não poderia ter te reconhecido? Era a mesma! E talvez mais que os meus olhos não puderam ver.
Hoje, vendo você digitalizada transpassada numa foto no monitor, é difícil ter sequer imaginado que um dia eu te conheci, mesmo que por segundos. É duro, e ainda mais porque pensei se lhe mandava esta mensagem. Naquele dia, em que vi você no msn, tentei mas não sei o que aconteceu e não pude continuar a conversa. Então como última saída, cá esta ela que a dou. E era isso.
Você poderá fazer o que quiser com estas palavras, afinal são de um estranho, que vão e passam ao correr da vida. E eu estou a escrever por causa disso, e para praticar meu português. Se a primeira razão não for boa, fique com a segunda, é mais racional.
Nasceu uma bola na minha sobrancelha, acredita? Acho que é um tumor, pois hoje cedo fez reduzir a pálpebra. Fiquei de cama e se não contassem a alguém, seria a derradeira coisa que faria, morreria antes de saber que eu desejava escrever uma carta para você. É verdade, a temática da morte, tanto explorada pelos dramas dos romances. E por isso digo que foi legal te conhecer como um estranho, claro. É por isso que te desejo um:
Fique feliz, estranha!
Adeus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário