Não tenho sonhos. Aliás,
acho que nunca os tive, pois nasci em um lugar hostil que me tornou uma pessoa
vazia.
Na infância já sabia o que
era a dor e nunca sorri com a felicidade que achei que merecesse. Talvez eu
pareça um tanto dramática para a vida, porém sei as limitações de cada pessoa,
apesar de achar que merecesse algo mais, ou algo menos?
Também não lembro de ter
grandes amizades e me sentir completa com as amizades que tinha, talvez seja
vazia demais para completar as pessoas e elas tenham certa aversão. Não quero
ser aqui, aquela que tentou ser e não foi, aquela que disse ser e não era...
queria ser mas o ser não habitava em mim. Nunca habitou!
Nesse meio tempo em que a
aprendizagem fugiu de mim, em que a felicidade escapou, como escapa para quem
não a merece, me questiono o por que de ela nunca ter me servido.
Nada que eu faça me
completa, nada que me completa de fato me faz ser, o ser que não existe em
mim... sinto falta do ser.
Conto de mim mesma, o que
não sei dizer... o que me salta aos olhos é ver o sofrimento na sua forma mais
perfeitamente sublime em meu ser... Talvez esta não seja eu, talvez essa seja você...
Samanta Fischer.
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