quarta-feira, 20 de março de 2019

Sobre inundações e desaguares...


Água
elemento essencial
escorre litros dos olhos
aos montes no meu rosto em dias quentes
Água
que em 70% me faz
o que sou
o que fui
Água
ela aqui
me dá
me doa
continuo vida
sobe desce
A cada lua diferente
desagua de mim mesma...
viro mar, igarapé
doce, salgada
nesses dias tenho sido água
Água-viva
dessas fluidas
dessas que seguem
Água corrente
Água..
sólida só... líquida ali... gasosa fugaz...
Água apenas...
flui... fluir desaguar...
me derramar.

terça-feira, 12 de março de 2019

Ser mãe dela

Olha como ela tem olhos tão castanhos...
olha só!
ela sorri com teus olhos e te beija com paixão!
é dela os encontros da tua voz e da tua vida...
ela...
minha pequena preta pretinha!
Ela corre, pula, dança...
ela escorrega, gargalha e chora.
me diz que tem fome e gosta da minha zanga!
Grita, faz beicinho e me alenta!
Me encontra em dias bons e ruins.
me chama pra brincar de roda, de pique, de bola!
O que eu faço afinal?
Viro criança de novo,me sujo, finjo arroto. a gente se ama e é natural e bom.

O amor que já iniciou imenso,
desses dias que já iniciaram intensos...
ela é minha: minha pequena.
No sabor de ser ser mãe dela!

sábado, 18 de julho de 2015

Olhos de ressaca

Ler Machado sempre fora em mim um escape... sobre mim e em mim. Sinto, em suas obras, o que de mim não sei explicar, não sei exprimir!

Hoje eu tô de ressaca.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Recado à desilusão

Não sei demonstrar o que sinto
Não sei escrever
sempre metida a ler literatura
vejo que não sei Nada, 
que não aprendi

De que vale ter tantos livros
se não me ajudam a viver?
De que vale se não sei viver?

Olho o fim da manhã
e os pássaros a cantar
Para quê?
A única coisa que sei
não sei dizer

Sou a incompreendida
e o incompreensível
Vivo a questionar...

Achei, em dado momento, saber
Porém, mais uma vez, deparo-me com a decepção
Só que dessa vez é diferente
A decepção parte de mim
e apenas eu posso mudar o que está decepcionado

Ah, vida incompreensível
Se não fosses tu, linhas no papel em branco
Creio que teria desistido de mim.

sábado, 20 de junho de 2015

Certa manhã

Se eu chegasse a considerar a manhã igual a todas as outras, onde estaria aí a verdade?
Tenho visto coisas que realmente me alegram. Mas a alegria é um estado de alma, e passageiro e fugidio como todas as coisas são...
Acordei como de costume: do nada... no clímax do sonho: quando saberia a segunda Verdade. E a primeira, já não me lembro.
Pessoas morrem por verdades incontestáveis. No entanto, amar é uma verdade incontestável...
Esquecemos o Amor. Amor é uma Verdade....

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A mosca



Em 24 de janeiro de 2010

Tempo, expressar meus sentimentos.
O que sinto? Meu coração....
Viver longe do que pensas
Existência.
Esse  zumbizar...
A me atordoar....
Coração despedaçado.
Queria, eu, poder amar livremente
Queria... não posso?

A vida entre aspas
Minha existência...
Loucura próxima
Surtos pródigos
Esse Zumbizar....
Minha mente.
Mosca do consciente!

Ler o amor



Escrito em 12 de março de 2010

Quantas são as letras do alfabeto do corpo amado?
Como soletrá-lo?
Como sabê-lo na ponta da língua? 
Tem 24 letras? 
Quantas letras estranhas,
estrangeiras nesse corpo.
Como achar o ponto G na cartilha de um corpo?
Quantas novas letras podem ser incorporadas nesta interminável e amorosa alfabetização?
Movido pelo amor, pela paixão, pode, o corpo, falar idiomas que antes desconhecia?
Cansaço....