quarta-feira, 27 de junho de 2012

Não é você!


Se eu escrevo para você? Quem disse? Muita pretensão de sua parte!!!
Eu escrevo para o amor, para poesia, para arte que brota em mim!
Agora mesmo, minha inspiração veio ao urinar... pensei nisso agora e não urinei pensando em você, pois não faz mais parte da minha vida, nem das minhas necessidades!
Nunca escrevi poemas a amores perdidos, escrevo para amores que estão na minha vida. Crio um passado dramático, uma estória triste de desamor, é verdade, e que me enchem os olhos pela dor, mas é fictícia!
Nunca escrevi uma sílaba para você, nunca! Quando pensava em escrever algo ficava muito clichê, ou piegas, ou ridículo mesmo... o “amor’’ que você diz ter me dado jamais me inspirou em nada... nem antes, quiçá agora!!!
Por que o que escrevo não é algo que se faça de recado à alguém, nem uma raiva que não existe, nem um amor que aconteceu, é uma criação proporcionada pela minha criatividade e só!
Não há lugar nem hora para minha inspiração maluca aparecer, nem escolho as palavras que vou escrever, palavras, as quais me fazem escrever como se já estivessem decoradas...
Talvez as palavras que digo hoje, sejam as que queria dizer no passado ou não.. quem se importa? A vida do poeta não tem relevância... não escrevo para você, não escrevo para ele, não escrevo para ela.... escrevo para minha poesia, por mim, para mim, para o meu amor!

sábado, 16 de junho de 2012

Saudade do amor tranquilo.


Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.
Chico Buarque.

Hoje lembrei de você.. daquela época em que a poesia se fazia presente em nossas vidas, da musica que tocava em nossos ouvidos todas as vezes que nossos corpos se encontravam... e senti saudade!
Saudade daquele amor juvenil e verdadeiro que aquecia nossos corações, das descobertas que tínhamos um com outro... juro que pensei que seria eterno...que teria a eternidade de poder viajar no seu corpo e ouvir seus sussurros de prazer, de ouvir você dizer ‘’te amo” e me arrepiar o pescoço, de rir da minha cara de apaixonada e me abraçar dizendo “você é minha, pra sempre!”
Lembro daquele medo inacreditável de te perder e que eu fazia de tudo pra que você não percebesse... sem perceber que te perdia pouco a pouco, no tempo...
As memórias que ficaram foram de um amor tranquilo, que saltava a minha emoção! Era realmente muito bom te amar e sentir que nos pertencíamos...
Um dia sem razão tudo acabou!
Quase enlouqueci... a saudade me apertava o coração, minhas lágrimas já não tinham hora para cair, meu desespero reverberava por todos os lugares em que passava! Senti a sua falta como para quem falta um pedaço do corpo...
Hoje não há mais isto, tornou-se um passado gostoso de lembrar, mas que causa um apertinho no coração, pois ainda há a saudade... saudade boa e má!
Esse amor, que te falei ser eterno, permanecerá em mim sempre, as lembranças daquele amor, daquele olhar, daquele desafio que era ter com você, ter sua poesia escrita em mim!!!
Eu ainda te amo...
Eternamente!!!

Amanda Ariana.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Carta Anônima


Sabe de uma coisa?
Eu, apesar de você pouco me conhecer, e eu a você, em algum momento, talvez para o senso comum, seja digno um encontro casual! É verdade! Foi sorte de ter lhe visto naquela sala, e podido trocar algumas palavras contigo, e gostei da maneira de você ver as coisas: o existencialismo. Espero que ainda seja fã de Sartre!
No mais, existem traços nas pessoas que ficam. E em você os seus óculos ficaram, aquela armadura preta cobrindo o seu rosto delgado branquiçado. Descupe falar assim, mas não me leve a mal. Eu não posso descrever o que penso em mensagens como esta. E o que penso voltam quando leio as tuas postagens no teu blog que, perdoe a curiosidade, eu não contive. Se vem pensamentos, voltam lembranças do dia naquele ônibus em que você me reconheceu. Como, não poderia ter te reconhecido? Era a mesma! E talvez mais que os meus olhos não puderam ver.
Hoje, vendo você digitalizada transpassada numa foto no monitor, é difícil ter sequer imaginado que um dia eu te conheci, mesmo que por segundos. É duro, e ainda mais porque pensei se lhe mandava esta mensagem. Naquele dia, em que vi você no msn, tentei mas não sei o que aconteceu e não pude continuar a conversa. Então como última saída, cá esta ela que a dou. E era isso. 
Você poderá fazer o que quiser com estas palavras, afinal são de um estranho, que vão e passam ao correr da vida. E eu estou a escrever por causa disso, e para praticar meu português. Se a primeira razão não for boa, fique com a segunda, é mais racional.
Nasceu uma bola na minha sobrancelha, acredita? Acho que é um tumor, pois hoje cedo fez reduzir a pálpebra. Fiquei de cama e se não contassem a alguém, seria a derradeira coisa que faria, morreria antes de saber que eu desejava escrever uma carta para você. É verdade, a temática da morte, tanto explorada pelos dramas dos romances. E por isso digo que foi legal te conhecer como um estranho, claro. É por isso que te desejo um:
Fique feliz, estranha!
Adeus!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ao Coletivo Kamikaze!

[...]Na aldeia de ferro que semeia pedra, somos sós, somos todos inelutavelmente sós, [pós-(?)] moderno é terrivelmente só (ou você nunca sentiu a "apunhalada"  de que fala Baudelaire? Ou nunca esteve fora da roda como "a dama da noite"?) O romance, como gênero literário da modernidade, é uma prova disso, basta lembrarmos das palavras de Walter Benjamim: "A origem do romance é um indivíduo isolado que não pode mais falar exemplarmente sobre suas preocupações mais importantes e que não recebe conselhos e nem sabe dá-los."

a escrita é uma experiência solitária, devemos, portanto, guardar o que escrevemos num baú ou queimar tudo?

Acreditamos que não, acreditamos que necessitamos da expressão e comunicação Libertária, sem nos preocuparmos com o juízo de valor, sem nos preocuparmos com se ferimos morais ou convicções quaisquer que sejam, sem nos preocuparmos com a crítica, até por que, para haver critica, é preciso que alguém ouça o nosso grito. Melhor gritar e ser ouvido, ainda que desagradando, incomodando, do que permanecer eunucamente mudo e servil.

Nós não temos grandes pretensões, só queremos cantar, pouco importa se saímos do tom (o essencial é querer cantar), pois é exatamente como diz Oscar Wilde: "Todos estamos na sarjeta, mas alguns de nós preferem olhar as estrelas." 

Assim, te convidamos (tu que estás te dispondo a ler isto neste momento) a fazer o mesmo. Somos todos cantores, basta ter pulmões e querer cantar.

Canta, Berra, Escarra, Vomita, Esporra, Regurgita tuas neuroses...

Francisco Ewerton dos Santos
Reinaldo Guaxe.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O desamor e o sabor de amar.

Quando desejamos realmente o amor
Acabamos sempre por encontrá-lo a nossa espera!
Oscar Wilde
Acho que desamar é mais fácil que amar... Desamar se deixa tudo e vive para si... se ama a si mesmo e se não está bom, se reclama e não há discussão já que haverá concordância...
Amar, em contra partida, é um desafio! Perde-se as próprias vontades e abre-se mão para as vontades do outro... Esquecesse-se o que amamos fazer para amar fazer o que o outro quer... ou o que o outro necessita!
Não vou falar aqui que amar é só perder, já que o amor traz o aconchego e a companhia de quem se quer... Amar “é querer estar preso por vontade”, já dizia Camões.
Desamar pode ser mais fácil, como disse a principio, mas o amor recompensa todas as facilidades da solteirice! Pergunte a qualquer um que está no auge do amor se quer  abandoná-lo?!
Há, é fato, “amores” que fazem mal, pelo ciúme, pelas cobranças demasiadas, pela infantilidade e inúmeras coisas que fazem parte do processo de desamor, pessoas estas que  não percebem que estão no caminho inverso... no caminho do desamor!
Vamos ver o que é amor?
Amar, é viver e sentir a vida, o sabor do amor é doce com um toque de amargo feito um chocolate! O amor não se define; Sente-se.
Se amar, e amar é bom, não há porque querer o desamor... que parece até um dessabor...

Amanda Ariana.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sorrir... por nada!


Hoje o sol nasceu com mais luz habitual...
Também a noite foi menos fria e menos solitária...
Os sonhos voltaram finalmente...
Talvez por isso hoje sorri...
Sorri por... nada!
Sorri simplesmente!
Senti que já não sou EU...
Mas, também, nos nunca somos nós...
Somos sempre o que querem que nos sejamos!...
Assim...
nada como um sorriso franco, modesto, puro...
...para nos alegrar o dia!...




Conto de mim mesma


Não tenho sonhos. Aliás, acho que nunca os tive, pois nasci em um lugar hostil que me tornou uma pessoa vazia.
Na infância já sabia o que era a dor e nunca sorri com a felicidade que achei que merecesse. Talvez eu pareça um tanto dramática para a vida, porém sei as limitações de cada pessoa, apesar de achar que merecesse algo mais, ou algo menos?
Também não lembro de ter grandes amizades e me sentir completa com as amizades que tinha, talvez seja vazia demais para completar as pessoas e elas tenham certa aversão. Não quero ser aqui, aquela que tentou ser e não foi, aquela que disse ser e não era... queria ser mas o ser não habitava em mim. Nunca habitou!
Nesse meio tempo em que a aprendizagem fugiu de mim, em que a felicidade escapou, como escapa para quem não a merece, me questiono o por que de ela nunca ter me servido.
Nada que eu faça me completa, nada que me completa de fato me faz ser, o ser que não existe em mim... sinto falta do ser.
Conto de mim mesma, o que não sei dizer... o que me salta aos olhos é ver o sofrimento na sua forma mais perfeitamente sublime em meu ser... Talvez esta não seja eu, talvez essa seja você...

Samanta Fischer.